top of page
vamp-mascara.png

Organização Interna

Ventrues

Recentemente, muitos têm comparado a organização do Clã Ventrue com a de uma empresa. Enquanto esta comparação parece (e de alguns modos é) apropriada, ela é bastante imprecisa. A atual organização hierárquica do clã precede as empresas modernas por muitos séculos, e é um produto das raízes clássicas do Clã. Na Europa, muitos clãs ainda utilizam os nomes Gregos e Latinos que caracterizaram os Ventrue por milênios, enquanto em algumas partes do Novo Mundo tornou-se voga utilizar a linguagem moderna dos negócios. Ambos são tão corretos quanto enganadores.

O sistema deriva em grade parte das instituições políticas da República Romana. Embora os elementos democráticos daquele sistema tenham sido erodidos há muito tempo, a estrutura geral e alguns dos nomes permanecem. Este sistema corre em paralelo à organização da Camarilla. Assim, pode-se ocupar diferentes posições diferentes em ambos. Ventrue costumam dar mais ênfase a seus títulos da Camarilla que a seus títulos Ventrue quase obsoletos, exceto nos níveis mais altos (como o Diretório). Embora se importem com ambos, aqueles de fora do Clã não se importam com a posição interna de um Ventrue. Sempre famintos pelo respeito e pela devoção de outros Membros, os Ventrue naturalmente preferem cargos que são igualmente admirados dentro e fora do Clã.

Os Ventrue se orgulham do fato de que todos os membros têm seu lugar e sabem onde estão dentro do clã em relação a todos os demais. Naturalmente, o sistema de forma alguma se parece com a arcana pirâmide de autoridade dos Tremere ou com alguma organização militar. Não é necessário subir de grau em grau por uma estrutura. Mais comumente, os membros movem-se através do sistema (em grande parte honorífico) conforme suas habilidades e boa sorte decretem. Os Ventrue acreditam que este sistema lhes permite maior flexibilidade e permite que eles descubram novos talentos no Clã e os recompensem se desejável. Os anciões do clã freqüentemente demonstram esta faceta do sistema para os Membros mais novos ansiosos e frustrados com a mediocridade de suas existências.

Os mais jovens do Clã realmente têm algo do que reclamar, embora os mais espertos não o façam muito alto por medo de prejudicar suas próprias chances de promoção. Para aumentar o reconhecimento interno no clã é necessário mais que simplesmente habilidade. Os anciões, principalmente os Diretórios locais e internacionais, aprovam àqueles que lhes beneficiam. Não importa o que estes anciões digam ao clã como um todo, seu processo de decisão não confia (e jamais confiou) apenas nas habilidades e conquistas de um Ventrue. Sentimentos pessoais, alianças, ciúmes, contatos, subornos, favores e uma plêiade de outros fatores políticos influenciam – o que é perfeitamente apropriado no cenário social do status Ventrue. Ventrue que esperam galgar posições devem aprender a jogar o jogo e não fazer muitos inimigos (ou Ter certeza de que têm os aliados certos). Alguns se ressentem contra este sistema. A maioria o reconhece como o tipo de política ideal para prepará-los para lidar com o resto do mundo ao verdadeiro modo Ventrue.

Deve-se notar que praticamente qualquer Ventrue, a menos que expressamente proibido por uma das instituições descritas a seguir, pode literalmente comprar seu ingresso na hierarquia. As numerosas organizações Ventrue administram enormes patrimônios, a maioria dos quais constituídos por contribuições alocadas por membros individuais. O mais miserável e empobrecido Ventrue pode teoricamente doar um peso mexicano por ano para os cofres do Clã e obter todos os benefícios do reconhecimento hierárquico. Na verdade, este tipo de coisa raramente acontece. Os mais altos níveis da hierarquia são apenas para os ricos e influentes. Para os Sangue Azul menos proeminentes, o benefício é que eles raramente precisam doar fundos para o patrimônio do Clã. “Os Ventrue não possuem dízimos ou dívidas” , como diz o ditado, e a maioria dos jovens Ventrue preferem lidar com o mundo segundo seus próprios termos, pelo menos até que a oportunidade de unir-se aos ilustres membros do Diretório signifique mais que exibir seus recursos nas recepções de um ancião.


Os Títulos

O Diretório (Ephors)

A maioria dos jovens Ventrue já ouviram falar do Diretório, a sombria organização de 12 ou mais anciões Ventrue que detém uma tremenda influência sobre o clã. Ventrue mais velhos ainda se recordam do nome mais antigo, o Ephorate, pelo qual o Conselho foi conhecido por muitos séculos. O nome clássico vem do conselho governante da antiga Esparta. O clã adotou este nome na Renascença, uma vez que a palavra “Senado” tinha associações desagradáveis para eles e parecia inapropriada para uma assembléia de menos de 35 indivíduos. Mesmo no século XXI, os dois títulos permanecem como sinônimos, embora “Conselho de Diretores” ou “Diretório” estejam mais em voga.

Os ephors ou diretores estabelecem precedentes em assuntos de “política de Clã”. Exatamente o que isto significa é aberto à interpretação: Certamente, cada príncipe Ventrue tem controle preeminente sobre seus domínios. O Justicar do clã certamente tem seus próprios poderes, responsabilidade e livre-arbítrio. O representante Ventrue junto ao Círculo Interno da Camarilla também tem sua própria autoridade. Então, o que exatamente faz o Ephorate?

Para começar, os ephors administram diversos empreendimentos e patrimônios do Clã. Os Ventrue possuem enormes reservas monetárias espalhadas em bancos e cofres secretos em todo o mundo. Eles são proprietários de vastas extensões de terras, têm ações na maioria das grandes (e pequenas) corporações, e possuem controle acionário de mais do que algumas delas. Estes recursos permitem que eles dispensem fundos para membros necessitados e lhes dão enorme influencia política e econômica se eles assim desejarem. Onde uma coalizão de Ventrue poderiam esfaquear-se uns aos outros pelas costas futilmente, ou se mostrarem incapazes de reunir recursos suficientes para reagir a determinada situação, o Ephorate pode agir como uma conselho diretor ou um financiador. Por exemplo, um grupo (coterie) de Ventrue que desejasse estabelecer uma rede mundial de comunicações poderia apelas para os ephors, não apenas por capital de giro, mas também como um conselho de diretores não afiliados com a empresa em si (desta forma assegurando ao Membro que fez a solicitação que seus sócios não terão influências indevidas sobre sua própria parte da operação). A simples administração deste império financeiro vasto e invisível consume a maior parte do tempo do Ephorate.

Os ephors também escolhem o representante do Clã perante o Círculo Interno da Camarilla. O Membro escolhido para esta grande honra invariavelmente sai de suas próprias fileiras, embora sua identidade permaneça em segredo (bem como a da maioria dos ephors, que trabalham quase que exclusivamente através de Membros assistentes e outros Informantes). Esta influência sobre o curso da política da Camarilla também assegura que todos os Ventrue obedeçam aos ditames do Ephorate. Afinal a maioria deles espera atingir altas honrarias dentro da Camarilla alguma noite, seja o título de Príncipe, Arconte ou até mesmo Justicar.

Os ephors também estabelecem políticas para o clã como um todo, por menos que isto valha. Assuntos de política do clã geralmente concentram-se sobre qual a posição dos Ventrue em vários assuntos de política e segurança na Camarilla. Quando os ephors tomam uma decisão sobre um assunto como este, todos no clã devem segui-los. Enquanto muitos Ventrue possam ignorar tais diretrizes facilmente, os príncipes, primogênitos e outros anciões notórios são certamente encorajados a obedecê-las. Estas políticas geralmente concentram-se em assuntos como relações com e ações contra o Sabbat, como impedir a ascensão do poder dos Tremere, o que fazer quanto aos Caitiff e assim por diante. Eles também abrangem assuntos mais mundanos, incluindo qual partido apoiar em uma eleição nacional, certas ações que devem ser comercializadas a certos preços, e outras preocupações políticas e econômicas.

Talvez o poder mais importante do Ephorate seja o seu papel de arbitrar disputas intra-clã. Quando dois Ventrue discordam (um evento bastante comum) ou um deles viola qualquer uma das miríades de tradições e linhas de condutas do clã, o Diretório estabeleceu um procedimento para resolver problemas. As estruturas locais do Clã são responsáveis por lidar com as disputas menores, mas quando envolvem assuntos sérios ou Membros poderosos, os ephors têm o poder de dar o julgamento final sobre o assunto. Disputas típicas envolvem conflitos sobre domínios ou áreas de influência. A maior parte do tempo, os líderes do clã permitem aos próprios envolvidos que resolvam estes assuntos entre si – assim é o modo da Jyhad. Algumas vezes, entretanto, os ephors precisam se envolver, especialmente em casos particularmente voláteis ou abrangentes.

Crimes são um assunto completamente diferente. Quando um Ventrue quebra a tradição do clã, ele não arrisca apenas sua dignitas, mas sua própria posição no clã e até mesmo sua existência. Os dois crimes mais graves são a morte de outro Ventrue e não respeitar um pedido de auxílio. Ambos os eventos chegam à atenção do Diretório tão raramente – embora sem dúvida ocorram com relativa freqüência – que a assembléia tem total autoridade sobre estes casos. Quando as acusações são declaradas, o acusado é trazido à presença dos ephors, ou possivelmente perante alguns deles, para julgamento. Os ephors presidem ao julgamento atrás de uma cortina ou de um vidro espelhado, ou envoltos pela escuridão, de forma que o acusado jamais os vê ou ouve-os falar. Um advogado questiona as testemunhas e o acusado. O julgamento raramente dura por mais que algumas noites, e os ephors podem até mesmo recorrer ao vulgar uso de Disciplinas para descobrir a verdade em assuntos duvidosos.

Tendo estabelecido a verdade, o Ephorate pode administrar uma de várias punições. A Morte Final é uma opção extrema, uma vez que nenhum clã pode almejar este poder sobre seus membros, pelo menos de acordo com a forma literal das Tradições da Camarilla. Na verdade, os ephors já ordenaram mais que algumas Mortes Finais em sua longa história, embora eles jamais o tenham admitido. Os ephors podem retirar os títulos, as posses e os favores de um Ventrue, e até mesmo impor um período de aprisionamento (algumas vezes com uma estaca no coração por via das dúvidas). Em casos extremos, o Ephorate pode exigir que o Membro criminoso aceda a um Laço de Sangue com a parte agravada ou com um membro influente e responsável do clã.

Além de todos estes poderes temporais, o papel mais importante do Diretório não é tão facilmente quantificável. Os Diretores dão o tom e o compasso a todo o clã. Suas filosofias, estilos de liderança e posturas políticas são discutidas e debatidas por todos os postos, influenciando a maioria dos Ventrue de alguma forma, como um exemplo de como (ou como não) conduzir seus assuntos. Como os membros mais poderosos do clã com mais recursos, eles têm contatos em todos os lugares, servos em quase todos os lugares e influência direta nas arenas globais. Entre eles, podem conseguir grandes façanhas, uma vez que seu poder combinado – especialmente face ao mundo mortal – rivaliza o do governo de um grande país. O fato de que poucos Ventrue sequer saibam quem se senta no Conselho faz seu poder potencial ainda mais aterrorizante e misterioso.

Geralmente, tais grandes ideais e práticas estão muito além do escopo da esfera de influência de praticamente qualquer Ventrue. Um neófito cujo Senhor desaprova as tentativas de chantagear um detetive de polícia não irá atrair a atenção do Diretório, e poucos ephors se importam se algum Sangue Azul de 13a geração optou por contrariar um dos princípios de dignitas. Como em todos os assuntos políticos e da própria natureza do império coletivo dos Ventrue, os indivíduos representam muito, muito menos que o movimento da coletividade.

 

 

 


Os Anciões (Strategoi)


O Clã Ventrue tem muitos membros veneráveis que não se sentam no Conselho de Diretores. Alguns são príncipes, outros primogênitos, mas todos já asseguraram grande respeito perante o clã. Da mesma forma, são figuras muito mais públicas que os ephors, pelo menos nas próprias fileiras dos Ventrue, devido a não darem importância ao segredo. Sem dúvida alguns dos destes que o mundo reconhece como Strategoi são de fato também ephors. O mundo, naturalmente, não tem como saber. Diretores ou não, os Strategoi são os “Generais” honorários do Clã Ventrue, como seu nome sugere. Eles executam as políticas que os reclusos ephors determinam, reforçando a vontade do Diretório. Em sua maior parte, eles são os únicos Ventrue a ter contato direto, possivelmente até mesmo face-a-face, com os membros do Ephorate.

Os Strategoi efetivamente dirigem as operações dos assuntos cotidianos do Ephorate. Cada um é responsável por uma parte diferente do domínio do Ephorate. Em regiões densamente povoadas, essa responsabilidade pode se aplicar a apenas algumas centenas de metros quadrados, enquanto pode cobrir Estados inteiros nas planícies do Oeste Canadense e Norte-Americano. Os Strategoi geralmente constroem seus refúgios em seus territórios, geralmente servindo como primogênitos ou anciões estimados. Príncipes Strategos são mais raros, uma vez que seus deveres para com os Membros de seus domínios ocupem tempo demais e tornem difícil cumprir com suas obrigações tão bem quanto deveriam.

Noite após noite, o Strategos supervisiona os assuntos de negócios e políticas Ventrue em sua região, além de atender a suas próprias necessidades e dignitas. Em tempos de crise, o Strategos deve se manifestar e reforçar as políticas do Diretório, seja a respeito de incursões do Sabbat, revoltas de anarquistas ou jogos de poder entre Cainitas que ameacem posições Ventrue. Naturalmente eles não têm poder oficial sobre príncipes, mas têm o peso e a influência do Ephorate às suas costas, o que lhes dá recursos até mesmo além de seus próprios patrimônios. Strategoi também podem ajudar a arbitrar disputas internas do clã e trazer os raros Ventrue renegados à atenção do Diretório. Ao todo, os poderes de um Strategos são de certa forma análogos ao de um Justicar da Camarilla, embora estendendo-se apenas ao Clã Ventrue.

 

 


Operativos (Lictors)


Os próprios Strategos dificilmente sujam as mãos com preocupações menores. Eles determinam a melhor forma de executar a vontade do Ephorate, e então delegam as tarefas necessárias a seus Lictors. Se os Strategoi podem ser comparados a Justicares, então os Lictors são seus Arcontes. Muitos jovens membros se referem a eles como Operativos, os indivíduos em uma empresa que se movem de departamento em departamento, resolvendo qualquer problema que detectem. Os Lictors fazem a mesma coisa através de todo o Clã Ventrue.

Lictors individuais tendem a especializar-se em tipos particulares de problemas. Alguns são peritos em assuntos financeiros, outros são líderes, e outros ainda têm registros diplomáticos comprovados. Quando um ancião ou um consórcio Ventrue em uma cidade em particular tem problemas que não pode resolver eficientemente sozinho (algo que como um todo eles sempre odeiam admitir, embora seja necessário apenas um membro em boa posição para chamar um Lictor), eles pedem a seu Strategos que lhes mande ajuda. Esta ajuda normalmente vem na forma de um Lictor. Na grande maioria das vezes, é o suficiente. Sua mera presença como representante do Strategos (e portanto dos ephors) lhe confere uma autoridade que pode ajudar a reunir os outros membros do clã para resolverem o problema juntos, sob a direção do Lictor – algo que eles provavelmente poderiam ter feito sozinhos se pudessem colocar de lado suas diferenças mesquinhas.

O título de Lictor é muito valorizado, especialmente entre Ventrue relativamente jovens (menos de 200 anos) que buscam uma forma de aumentar sua dignitas. Mais de um Lictor teve que assumir uma cidade cheia de Ventrue em guerra para assumir o título de Príncipe quando o assunto foi resolvido. Da mesmo forma, um Operativo está no caminho longo-porém-seguro para o posto de Strategos ou até mesmo para o Diretório, por definição. Entretanto, com a oportunidade vem o risco, e os Operativos têm bastante disto, tanto político quanto material. Fazer o trabalho sujo dos Strategoi pode conquistar inimigos poderosos, e convocar as tropas frente a Sabbat ou anarquistas sedentos por sangue é sempre arriscado. Para aqueles que sobrevivem à experiência, entretanto, deter o título de Lictor é um passo seguro em direção à grandeza.

 

 


Informantes (Tribunos)


O Ephorate mantém uma rede informal de contatos e “operativos de campo” em todo o mundo. Estes Membros são chamados Tribunos ou Informantes, e servem como os olhos e ouvidos dos ephors nas cidades da Camarilla (e às vezes até do Sabbat). Eles não têm poderes ou obrigações oficiais, e freqüentemente nem sequer reconhecem seu título publicamente (algo difícil para qualquer Ventrue). Os Tribunos tendem a ser jovens Ventrue que os Lictors ou Strategoi decidiram serem promissores. Eles não apenas têm um passado imaculado e forte dignitas, mas também uma história de respeito por seus anciões e pelas Tradições Ventrue, pelo menos em certas ocasiões.

Na maior parte do tempo, os Tribunos não fazem nada oficial. Entretanto, eles às vezes recebem mensagens soa ephors (transmitidas por Strategoi) que devem entregar a membros locais proeminentes. Por sua vez, eles reportam a seus superiores os acontecimentos da cidade. Geralmente, são os tribunos da cidade que pedem a ajuda de um Strategos, ao invés dos anciões da cidade. Não estando enredados por sua própria dignitas como líderes da cidade, eles geralmente não têm escrúpulos em pedir ajuda quando necessário. Um Tribuno às vezes pede auxílio quando não é preciso, mas poucos cometem este engano duas vezes. As repercussões locais e em todo o clã por um erro como este geralmente forçam o Tribuno a abdicar de seu cargo e até mesmo a deixar a cidade.

Talvez mais importante que tudo, um Tribuno deve estar à mão para auxiliar quaisquer Lictors ou Strategoi que venham à cidade. Embora Tribunos geralmente possuam outros postos e títulos tanto no clã Ventrue quanto na Camarilla, eles devem colocá-los de lado e servir ao Ephorate (e seus subordinados) em primeiro lugar. Fazer isso pode deixar os outros membros locais do clã enciumados e furiosos, mas os ephors tipicamente recompensam generosamente a lealdade demonstrada por seus subordinados.

 

 


O Clube dos Pares


Nem todo Ventrue que se distingue torna-se membro da coleção de peões e serviçais de um ancião. Enquanto os objetivos do Ephorate e daqueles que o apóiam seja admirável (em sua própria opinião, ao menos), poucos Ventrue desejam se enredar tão intimamente aos caprichos de seus Senhores e anciões.
O Clube dos Pares é uma assembléia informal mas organizada de Ventrue que acumularam mesmo o menor grau de apreço na hierarquia social ou Ventrue. É necessário mais que o reconhecimento de um Príncipe para se unir aos pares, mas não muito mais. Uma sanção de um Membro da Hierarquia Ventrue, local ou do clã, é o suficiente para permitir que um Membro ingresse em suas fileiras. Além disso, existem pares Ventrue praticamente em qualquer cidade onde um Sangue Azul faça seu refúgio.
Como um grupo, O Clube dos Pares existe para manter as Tradições Ventrue e o conceito de dignitas – nada mais. Conferindo status a membros “bons” do clã, os Ventrue recompensam aqueles entre eles que permanecem em seus lugares e constroem uma reputação para si sem causar cismas indevidos com os demais. Por exemplo, um jovem Ventrue que influencie o resultado de uma audiência de zoneamento para preservar um Elysium pode receber o convite para se unir aos pares. Um Ventrue ambicioso que usurpa as ações de seu Senhor nas empresas que administra, não.
Para este fim, os Pares não são mais que um registro social, um clube de Ventrue de reputação impecavelmente limpa (se não impecável). Ainda assim, os Ventrue dão grande valor a estas coisas – elas permitem que eles se distanciem do indignos entre eles.

 

 

 

 


Títulos da cidade



Ultimamente, entrou na moda referir-se à organização do clã em uma determinada cidade como se fosse uma empresa e designar diversos cargos inspirados nos negócios aos membros. Na verdade, essa convenção é apenas uma atualização da nomenclatura mais tradicional que tem sido utilizada pelos Ventrue há séculos, baseada em títulos políticos Romanos e Espartanos clássicos. O modelo de negócios na verdade reflete muito bem como os Ventrue operam, mas muitos Ventrue antigos – especialmente no Velho Mundo – ainda utilizam os nomes tradicionais.

Além disso, assembléias locais de Ventrue são conhecidas como consórcios, embora esta palavra não tenha significado formal. Alguns anciões a utilizam no lugar da palavra “coterie” quando se referem a células de jovens Ventrue, enquanto outros Sangue Azul usam-na para referir-se a qualquer grupo de dois ou mais Ventrue participando de uma mesma atividade. A palavra só entrou em voga recentemente – desde a década passada – porque soa muito mais suavemente que “facção” ou “conspiração”.

 

 


O Conselho (A Gerousia)


A Gerousia (numa tradução literal, Conselho de Anciões) ou Conselho efetivamente julga os assuntos Ventrue na cidade. Ela geralmente consiste dos Membros mais velhos e experientes em determinado local. Se uma cidade tem um Príncipe Ventrue, ele provavelmente se senta à cabeceira da Gerousia. De outra forma, o primogênito do clã ou outro detentor de título de alto posto na Camarilla preside o conselho. A adesão ao conselho se dá apenas por convite e aprovação da maioria dos Membros. Uma vez que um Ventrue ascenda às fileiras da Gerousia, ele não pode ser removido exceto nas mais graves circunstâncias (determinadas pelo ephors do clã).

Como órgão administrativo, a Gerousia supervisiona os negócios e interesses políticos em uma cidade, como uma empresa de participações. De fato, alguns Conselhos dedicam-se apenas a isto. Esta estrutura organizacional leva não apenas à administração de fundos e tomada de posições, mas também ao monitoramento dos investimentos individuais e das atividades de cada Ventrue. Como regra geral, os Ventrue não competem diretamente uns com os outros pelos mesmos contatos ou recursos. A Gerousia age como um árbitro dos conflitos locais de interesse que possam surgir. Se ele assim escolher, o Conselho pode exigir que um determinado Ventrue cesse seus esforços em uma área em particular, e pode reforçar esta exigência como achar necessário. Por exemplo, se dois Membros estão disputando influências na industria siderúrgica local, a Gerousia pode convocar uma audiência para determinar quem tem o direito a esta influência, se um dos dois envolvidos trouxer o assunto à atenção do grupo. Em sua maior parte, entretanto, os Ventrue odeiam voltar-se para o Conselho, pois fazer isso implica que foram incapazes de assegurar seus próprios direitos.

A Gerousia tem dois tipos de reuniões. Encontros mensais de clã são geralmente realizados na primeira Terça-feira do mês. Cada Ventrue na cidade deve atender a estas conferências, pois o clã discute assuntos novos e antigos, ouve reclamações e relatórios, e a Gerousia divulga mensagens, éditos ou anúncios provenientes dos escalões superiores da hierarquia do clã. A Gerousia também realiza reuniões particular sem intervalos predeterminados, conforme a necessidade, nas quais os membros discutem assuntos políticos ou financeiros importantes bem como temas mais discretos, internos ao clã.

A despeito da honra e da dignitas associados a servir na Gerousia, o Conselho tem muito pouco poder formal. Ele não pode ordenar aos demais Ventrue da cidade que façam qualquer coisa. Ou melhor, ele pode, mas não tem capacidade de punir diretamente aqueles que desobedecem. Punições indiretas, entretanto, são abundantes. Aqueles que contrariam os desejos do Conselho tornam-se renegados – e cumprimentam o nascer do sol nos casas mais extremos. Sem a proteção do Conselho, outros Ventrue podem e irão apropriar-se do patrimônio político e financeiro do Ventrue excomungado. A pressão dos pares é a maior arma do Conselho, e seus membros a utilizam de forma quase ditatorial.

 

 


Cônsules (Praetors)


O Ventrue de mais alto posto na hierarquia de uma cidade, o Praetor ou Cônsul quase sempre tem também um lugar na Gerousia. Cada cidade tem no máximo um Praetor (se tiver um) que pode muito bem ser também o Príncipe ou o Primogênito Ventrue. Como o título alternativo, Cônsul, sugere, estes poderosos Membros são responsáveis por conduzir e administrar os assuntos Ventrue na cidade. Para alcançar esta posição privilegiada, um Ventrue deve necessariamente ser não apenas um ancião, mas um ancião com dignitas inabalável e vasto apoio dentro do Clube dos Pares. Praetors retêm sua posição indefinidamente, e apenas um Strategos ou ephor pode remover um de seu posto.

O Praetor mantém com seus próprios recursos o espaço “público” de encontros onde qualquer Ventrue pode comparecer às reuniões mensais do Conselho. Tal lugar é geralmente algum tipo de clube, mas pode ser qualquer lugar que o Praetor escolha, tal como o espaço de convenções de um hotel, a sala de conferências de um arranha-céu ou até mesmo o escritório ou os aposentos de seu próprio refúgio. A atmosfera e as reuniões no local de encontro refletem diretamente sobre o Praetor, por isso a maioria deles não poupa gastos para providenciar um local luxuoso e impressionante. O Praetor também preside estas reuniões do Conselho e tem o voto de Minerva em todas as eleições da Gerousia.

Além destas poucas responsabilidades, o Praetor não tem outros poderes oficiais. Freqüentemente, entretanto, ele é um Ventrue de grande influência na cidade, que ele pode muito bem utilizar em assuntos que digam respeito ao Conselho. Simplesmente alcançar este posto significa um considerável aumento em dignitas. Como a pessoa no centro de todos os assuntos Ventrue da cidade, ele tem acesso a pessoas e informações que a maioria dos outros não possuem. Além disso, o restante de seus companheiros de clã geralmente se voltam para ele como líder em qualquer situação de crise, e tendem a seguir usas instruções sem questionar (ou sem fazer muitas perguntas).

 

 


Supervisores (Aediles)


Abaixo dos Praetors estão os Aediles ou Supervisores. Estes Ventrue auxiliam a Gerousia e o Praetor exatamente como os supervisores auxiliam os administradores em uma empresa. Eles mantém registros das atividades dos membros de mais baixo nível, e cuidam dos assuntos específicos associados com a administração de um negócio, tais como administrar assuntos financeiros, investigar novos investimentos potenciais, ou assegurar que todos os subornos tenham sido pagos pontualmente. Os Aediles agem como porta-vozes de seus superiores, dando instruções, pedidos e ordens ao restante do clã. Eles também servem como tenentes em uma crise, ajudando a organizar e liderar as tropas em qualquer batalha real ou metafórica.

Os Aediles são geralmente ancillas experientes, indivíduos com antecedentes comprovados e que já estabeleceram seus próprios negócios e áreas de influência na cidade. Eles têm recursos suficientes para ajudá-los a cumprir suas obrigações sem necessitar da ajuda de mais ninguém. Os Praetors apenas ou a Gerousia como um todo pode designar novos Aediles, e tecnicamente não existe limite para o número que uma cidade possa ter. Na prática, raramente existem mais que dois ou três mesmo nas maiores cidades, e normalmente apenas um ou dois. Afinal de contas, em uma cidade com sete Ventrue, tornar a metade deles oficiais praticamente tira todo o propósito.

 

 


Assessores (Quaestors)


Nas proverbiais trincheiras estão os Quaestors ou Assessores. Esses Membros estão apenas um nível acima dos Ventrue comuns. Mais jovens, com alguma experiência, um Ventrue recebe a promoção para este posto em reconhecimento a algum feito significativo que trouxe a si e ao clã mais dignitas e recursos. Os Quaestors auxiliam os Ventrue de posto mais elevado realizando tarefas básicas que mantém seus investimentos funcionando perfeitamente. Tais tarefas podem ser qualquer coisa desde abrir uma conta em um fundo de investimentos a ajudar a ocultar o cadáver de um líder sindical recentemente falecido. Geralmente os Aediles lhes designam tarefas sem qualquer ou com muito poucas explicações. Os Quaestors que fazem bem seu trabalho podem esperar promoções no clã bem como oportunidades pessoais que não teriam de outra forma.

Os Quaestors às vezes têm prazer em se gabar de seus cargos perante os Ventrue comuns. Embora eles não tenham qualquer autoridade real sobre seus companheiros de clã, eles podem dizer que têm acesso aos ouvidos dos anciões, enquanto a maioria dos neófitos não tem qualquer acesso. Os Quaestors passam suas noites adquirindo favores e boa vontade de seus superiores, que ocasionalmente lhes dão um osso para roer. Naturalmente, ossos Ventrue tendem a ser coisas como opções de ações de milhares de dólares ou contatos importantes no governo, de forma que um Assessor pode se dar muito bem se jogar pelas regras.

 

 


Auxiliares (Eiren)


Na base da coluna estão os Eiren, também conhecidos como Auxiliares. Não importa quem seu Senhor possa ser, jovens Ventrue têm um longo caminho pela frente até que adquiram algum respeito verdadeiro dentro do clã. A palavra Eiren vem do idioma de Esparta, significando jovens inexperientes, ainda não amadurecidos pelo combate e pela experiência em homens de verdade, o que é exatamente como muitos Ventrue vêm seus membros mais novos. Eles têm excelente pedigree e habilidades valiosas trazidas de suas vidas mortais, sem dúvida, mas afinal de contas não são mais que filhotes que precisam de experiência para temperá-los e moldá-los em verdadeiros Ventrue.

Eiren são pouco respeitados, mas por outro lado têm poucas responsabilidades. Embora às vezes designados Auxiliares, estes jovens Membros não têm quaisquer tarefas oficias que devam executar. Se um Quaestor ou um Ventrue de alto posto lhes pede para fazer alguma coisa, eles podem naturalmente recusar. Os Ventrue não conseguem pensar em um modo melhor de assegurar que alguém jamais deixe o status de Eiren, mas ninguém tem o poder de forçar o neófito a fazer alguma coisa. A maioria, entretanto, faz o que lhes mandam, enquanto tentam encontrar algum modo de estender sua própria influência e aumentar sua dignitas. Deve-se trabalhar com o sistema para galgar seus postos. Como regra, os Ventrue não recompensam independentes.

 

 


Investidores, Sócios e Não-Membros


Naturalmente, nem todos os Ventrue são lacaios ou peões do Conselho da cidade. Aqueles Ventrue que investem com o Conselho podem não deter um título na organização, mas isso não os torna zeladores. Para aqueles que não se ligam ao Conselho, a existência continua como seria para qualquer outro Membro. De fato, muitos Ventrue que se colocam fora da hierarquia local ou do Clã chegam a grandes postos na Camarilla. Da mesma forma, nada os impede de acumular prestígio por conta própria. Os Ventrue não forçam sua hierarquia sobre seus membros; eles simplesmente encorajam seus membros a desfrutarem de seus vastos recursos e fazer usas próprias contribuições.
 

 

 


Decorum

Cumprimentos e conversações: 

1. Sempre se dirija a um outro membro por seu título, se ele possuir um. Se o membro possuir múltiplos títulos, se dirija a ele pelo título da Camarilla ao invés do título do clã quando em companhia mista. Um Ventrue sem título é chamado pelo seu sobrenome (ex: Mr. Rubim, Ms DeCooning);

2. Aperte a mão de um homem, beije a de uma mulher. A mulher deve simplesmente deixar suas mãos serem beijadas por um homem e deve beijá-lo na face direita;

3. Conceda todas as coisas a seus anciões. Espere por eles pra reconhecê-los antes de falar;

4. Jamais interrompa um companheiro de clã, a não ser que você seja o senhor dele;

5. Jamais se ofenda quando um ancião lhe interromper, até mesmo se ele for rude;

6. Sempre olhe nos olhos de seu ancião quando este estiver falando ou ouvindo-o .Fazendo assim, demonstra não somente interesse mas a confiança de que ele não usará os dons de Caim contra você;

7. Assuntos pessoais e comentários de negócios são melhores quando deixados como o que são – pessoais – a menos que um membro inicie a conversa por ele mesmo;

8. Outros membros não são tão interessados em suas realizações pessoais como você acha que eles podem ser. Vangloriar-se demonstra grosseria;

9. Não aumente sua voz, use expletivos ou de outro modo, humilhe a conversação,

10. Esta diz, evite conversações na moderna “Internet”;

11. A preferência de sangue de um Ventrue é um assunto particular. Ela jamais deve ser perguntada.



Sobre o quadro de reuniões do Clã


1. O Ventrue de maior posição em uma reunião preside sobre ela. Se dois participantes tiverem o mesmo título, o membro mais velho tem a preferência. Se o mais velho conceder, não discuta sobre sua concessão.

2. Um jovem assistente (normalmente um aedile) é que conduz a reunião, listando todos os tópicos do programa e reconhece os palestrantes, de um outro modo, cuida do minutiae. Esses preparativos permitem que o Ventrue que está presidindo ignorar os detalhes organizacionais e concentrar-se nos debates que possuir em mãos(ou descansar da reunião se assim então decidir)

3. O programa sempre é posto antecipadamente à disposição de todos os participantes. O Ventrue que preside precisa aprovar qualquer alteração feita no programa. 

4. Quando um assunto é trazido ao corpo, os membros de posição inferior sempre falam primeiro em cada um.Anciões ou membros de posição igual a do palestrante, podem interrompê-lo polidamente para fazer uma pergunta ou um comentário. Aqueles de posição inferior a do palestrante, precisam esperar que o mesmo termine de falar e então dirige suas perguntas não ao palestrante, e sim, ao Membro que está coordenando (não presidindo) a reunião. 

5. Se um voto for pedido, o corpo vota tal qual se fala, do de menor ao de maior posição.Cédulas podem ser distribuídas entre os participantes de acordo com a vontade do Ventrue que está presidindo a reunião.

6. Quando o programa for completado, os participantes podem sugerir, com a consideração da presidência, tópicos para a próxima reunião.

7. É sempre apropriado não interromper, não zombar dos prejuízos dos outros, não gritar e não utilizar palavras baixas.O temperamento deve se manter em completo controle.Locais de reuniões são muito solenes e não locais de leviandades.



Aparecimento em Público


1. Os Ventrue devem vestir-se e comportar-se com a maior dignidade não importando a que horas ou situação da noite.

2. Um Ventrue jamais deve desagradar seu ancião em público, principalmente quando haverem poucos membros por perto.

3. Segundo esta, um Ventrue jamais deve ser desagradável com seus iguais ou com as crianças em público. Sempre mostre ao mundo uma fronte unida.

4. Jamais fale sobre os negócios do Clã Ventrue par aqueles que não são do clã sobre qualquer circunstância.

5. Trate outro membro da Camarilla, não importando seu clã, com o mesmo respeito que você deseja que ele demonstre a você.Não se rebaixe ao nível deles, não se permita envolver em trocas de insultos como um vadio ou algo mais indecente.



Disciplinas


1. Não se utilize sua vontade ou de seu carisma contra outro Ventrue, a não ser que isso seja absolutamente necessário.

2. Se o companheiro em questão está em boa posição com seus amigos, é difícil conceber uma vez que isso seja absolutamente necessário.

3. Escutar os pensamentos, profanar memórias e brincar com os sentimentos dos outros, é uma coisa rude.A não ser que o alvo não seja um Ventrue.

4. Quando um Ancião requisitar acesso à sua mente e tiver todos os direitos de fazer isso, não resista.

5. Somente um príncipe, Justicar, praetor ou strategos (ou um ephor se algum dia encontrar um) sempre estará com todos os direitos de ter acesso a sua mente.



Auxílio


1. Quando um Ventrue pedir ajuda, vá a seu auxílio. A Ética do Auxílio é inviolável.

2. Nunca inveje ou suje um colega de Clã que pedir auxílio. Ele está em seu direito e você em sua obrigação.

3. Nunca peça por auxílio, a não ser que você realmente precise dele. Membros importantes têm pouca tolerância por perda de tempo.

4. Um Ventrue não deve relembrar outro de seus antigos pedidos por auxílio em conversas casuais.

5. Lembre-se que você também poderá precisar da assistência do Clã uma noite, portanto, aja de acordo.

Fonte - Livro do Clan Ventrue

bottom of page